O som do dia...

Bubbles - James (2008)

O som do dia em imagens...

quarta-feira, 15 de julho de 2009

James

Bubbles

"Take an axe to your past
To your family tree
Carve a face from the wood
An effigy

Make wings from the leaves
Hide from the bark
Kindling
for the hair
Rose for his heart

Someone to draw you right
Someone to catch the light

Draw the blue from the skies
into his eyes
Carve the lines on his face
A map of the race

Juice from the root of a beet for his skin
Set the tides
of the blood
with the pulse of the drum

Someone to draw you right
Someone to catch the light
I’m alive
I’m alive

Wash the boy in the stream
So tenderly
Press his lips to your lips
Give him your breath
He awakes with the weight
of the vision he holds
Sees the rent in time
through which he must fold

Someone to draw you right
Someone to catch the light
I’m alive
I’m alive…

Stir the heart with a drum
Kiss smoke in his mouth
Show him signs of a life
That’s a whole lot better

And he calls down the rain
Tornadoes & hurricanes
There’s a world in his veins
That’s a whole lot better
I’m alive
I’m alive…

Fingers raised to the sky
A snake for a spine
He’s drunk on a life
That’s a whole lot better

Teach him songs of the bees
Double helix and honey comb
Play him wind through the leaves
That’s a whole lot better
Alive, I’m alive…"

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Born in the U.S.A. e sua história.....

A 275ª Melhor Música de Sempre, segundo a revista Rolling Stone, Born in the U.S.A. foi escrita por Bruce Springsteen em 1981, mas lançada no albúm Born in the U.S.A., de 1984... Inicialmente pensada como música acústica para figurar num filme que o realizador Paul Schrader pretendia fazer, o tema adoptou a forma que hoje lhe conhecemos, passando a conter o sintetizador de Roy Bittan e a bateria de Max Weinberg desde 1982...

No tema, Springsteen descreve os problemas das pessoas da classe média-baixa com o recrutamento para a Guerra do Vietnam, a sua vivência naquele lugar e o regresso a casa, também ele impregnado de problemas... Embora elogiado pelos críticos por retratar como poucos os tempos difíceis vividos nos E.U.A., Springsteen foi também elogiado por Ronald Reagan, que viu na sua música uma mensagem de esperança para o povo americano, em vez de uma crítica construtiva às políticas do seu país... Um presente de alguma forma envenenado... Como resposta, um dos candidatos à presidência dos E.U.A. que competia contra Reagan disse a propósito: "Springsteen pode ter nascido para fugir (born to run), mas não nasceu ontem"...

Born in the U.S.A. pode passar como hino nacionalista, mas só para aqueles que se entusiamam com o refrão, em vez de escutarem a mais pura e crua verdade dos seus versos..............................

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Nascido nos E.U.A.....

Born in the U.S.A. - Bruce Springsteen (Born in the U.S.A., 1984)

Born down in a dead man's town
The first kick I took was when I hit the ground
You end up like a dog that's been beat too much
'Til you spend half your life just covering up

Born in the U.S.A.
Born in the U.S.A.
Born in the U.S.A.
Born in the U.S.A.

I got in a little hometown jam
And so they put a rifle in my hands
Sent me off to Vietnam
To go and kill the yellow man

Born in the U.S.A.
Born in the U.S.A.
Born in the U.S.A.
Born in the U.S.A.

Come back home to the refinery
Hiring man says "Son if it was up to me"
I go down to see the V.A. man
He said "Son don't you understand"

I had a buddy at Khe Sahn
Fighting off the Viet Cong
They're still there, he's all gone
He had a little girl in Saigon
I got a picture of him in her arms

Down in the shadow of the penitentiary
Out by the gas fires of the refinery
I'm ten years down the road
Nowhere to run, ain't got nowhere to go

Born in the U.S.A.
Born in the U.S.A.
Born in the U.S.A.
I'm a long gone Daddy in the U.S.A.
Born in the U.S.A.
I'm a cool rocking
Daddy in the U.S.A.
Born in the U.S.A.

Sunday Bloody Sunday nas palavras de Larry Mullen.....

O baterista Larry Mullen, 1983:

"Interessamo-nos pela política do povo, não pela política. Quando as pessoas falam da Irlanda do Norte e do 'Domingo Sangrento', as pessoas tendem a pensar: 'Aquele dia em que 13 Católicos foram alvejados por soldados Britânicos'. Não é isso que a canção retrata. Isso foi um acontecimento, o mais conhecido acontecimento ocorrido na Irlanda do Norte, e é a forma mais poderosa de dizer 'até quando? Quanto mais tempo vamos tolerar isto?'. Não me importa quem é quem - Católicos, Protestantes, não importa. Sabemos que as pessoas morrem todos os dias devido à amargura e ao ódio, e nós perguntamos 'porquê?'. Com que objectivo? E se pensarmos em lugares como El Salvador, as pessoas também morrem lá. Esqueçamos a política, deixemos de nos matar uns aos outros, sentemo-nos à mesa e discutamos o assunto.
(...) As bombas podem não explodir em Dublin, mas são lá fabricadas e nós sentimos que, como Irlandeses, devemos ter algo a dizer. Muito poucas bandas dizem 'porque não baixam as armas?', muitas bandas dizem que a política não vale nada, etc. Bem, e então?! A verdadeira batalha é pelo facto de haver pessoas a morrerem, essa é que é a verdadeira batalha! Acho muito difícil distinguir a música da política... onde é que estabelecemos a linha divisória?"

Segundo a revista Rolling Stone, o tema é o nº 268 entre as 500 Melhores Músicas de Sempre.............................

Domingo Sangrento.....

Sunday Bloody Sunday - U2 (War, 1983)

I can't believe the news today
Oh I can't close my eyes and make it go away
How long how long must we sing this song
How long How long

Cause tonight we can be as one
Tonight

Broken bottles under children’s feet
Bodies strewn across the deadened street
But I wont heed the battle call
It puts my back up
Puts my back up against the wall

Sunday Bloody Sunday
Sunday Bloody Sunday
Sunday Bloody Sunday (Sunday Bloody Sunday)

Let's go

And the battles just begun
There’s many lost but tell me who has won
The trenches dug within our hearts
And mothers, children, brothers sisters torn apart

How long
How long must we sing this song
How long
How long

Cause tonight we can be as one
Tonight
Sunday bloody Sunday
Sunday bloody Sunday
Sunday bloody Sunday

(Wipe your tears away)

And today the millions cry
We eat and drink while tomorrow they die
And the battles just begun to claim the victory that Jesus Won

Sunday bloody Sunday
Sunday bloody Sunday
Sunday bloody Sunday
Sunday bloody Sunday
Sunday bloody Sunday
Sunday bloody Sunday

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Dormindo no fogo.....

Junte-se um grupo de músicos de intervenção com um realizador polémico e defensor dos direitos dos americanos, e temos o videoclip do tema "Sleep Now in The Fire" dos Rage Against the Machine, realizado por Michael Moore.....

Pelo videoclip desfilam concursos de TV e a Bolsa de Valores, e muito dinheiro a chover em cima daqueles não tão necessitados... Filmado à porta do próprio edifício da Bolsa, as portas deste foram fechadas com receio do ajuntamento de pessoas que se reuniram para ver as filmagens... Apesar da banda e do realizador terem uma licença para filmar ali, Moore foi ameaçado com detenção... O realizador diria apenas que a ideia era "filmar na barriga do monstro"...

Nomeado o vídeo para Melhor Tema Rock nos prémios MTV, os RATM viriam a perder para os Limp Bizkit, fazendo com que o baixista Tim Commerford invadisse o palco e trepasse uma parte do cenário em sinal de protesto...
A História da música também se tem encarregado de nos dizer o quanto a MTV falhou nesse dia....................

Sleep Now in the Fire.....

Sleep Now in the Fire - Rage Against the Machine (Battle of L.A., 1999)

The world is my expense
The cost of my desire
Jesus blessed me with its future
And I protect it with fire
So raise your fists
And march around
Don't dare take what you need
I'll jail and bury those committed
And smother the rest in greed
Crawl with me into tomorrow
Or I'll drag you to your grave
I'm deep inside your children
They'll betray you in my name

Sleep now in the fire

The lie is my expense
The scope of my desire
The Party blessed me with its future
And I protect it with fire
I am the Nina The Pinta The Santa Maria
The noose and the rapist
And the fields overseer
The agents of orange
The priests of Hiroshima
The cost of my desire

Sleep now in the fire

For it's the end of history
It's caged and frozen still
There is no other pill to take
So swallow the one
That made you ill
The Nina The Pinta The Santa Maria
The noose and the rapist
The fields overseer
The agents of orange
The priests of Hiroshima
The cost of my desire

Sleep now in the fire

História de Get Up, Stand Up.....

Música de protesto contra o seguidismo dos fieis Cristãos e música de homenagem à religião Rastafari da qual Bob Marley e Peter Tosh eram seguidores...

Com esta música, Bob Marley e os The Wailers homenageiam o impulsionador da religião Rastafari, o autoproclamado Imperador Haile Selassie I da Etiópia - identificado como Deus na sua forma humana e que seria responsável por levar os negros oprimidos para o seu lar, algures em África -e incitam à sua veneração, como se fosse ele o salvador do seu povo... Marley e Tosh exigem os direitos que lhes estão reservados desde o seu nascimento, num mundo que deve ser partilhado por todos de igual forma...
Com o tempo, a música foi adoptada como hino de incitação à revolução, como chamada de despertar para a mudança... Os U2, durante o concerto de Boston na sua Elevation Tour, intoduziram o refrão da música no meio de outro hino, "Sunday Bloody Sunday", em sinal de homenagem àqueles que morreram pela causa da Irlanda do Norte.....

Tosh, Marley e os The Wailers criaram uma música imortal, um hino ao inconformismo e um tema que nos incita a lutar pelos nossos ideiais..................................

Get Up, Stand Up.....

Get Up, Stand Up - Bob Marley & Peter Tosh (Burnin', 1973)

Get up, stand up: stand up for your rights!
Get up, stand up: stand up for your rights!
Get up, stand up: stand up for your rights!
Get up, stand up: don't give up the fight!

Preacherman, don't tell me,
Heaven is under the earth.
I know you don't know
What life is really worth.
It's not all that glitters is gold;
'Alf the story has never been told:
So now you see the light, eh!
Stand up for your rights. Come on!

Get up, stand up: stand up for your rights!
Get up, stand up: don't give up the fight!
Get up, stand up: stand up for your rights!
Get up, stand up: don't give up the fight!

Most people think,
Great God will come from the skies,
Take away everything
And make everybody feel high.
But if you know what life is worth,
You will look for yours on earth:
And now you see the light,
You stand up for your rights. Jah!

Get up, stand up! (Jah, Jah!)
Stand up for your rights! (Oh-hoo!)
Get up, stand up! (Get up, stand up!)
Don't give up the fight! (Life is your right!)
Get up, stand up! (So we can't give up the fight!)
Stand up for your rights! (Lord, Lord!)
Get up, stand up! (Keep on struggling on!)
Don't give up the fight! (Yeah!)

We sick an' tired of-a your ism-skism game -
Dyin' 'n' goin' to heaven in-a Jesus' name, Lord.
We know when we understand:
Almighty God is a living man.
You can fool some people sometimes,
But you can't fool all the people all the time.
So now we see the light (What you gonna do?),
We gonna stand up for our rights! (Yeah, yeah, yeah!)

So you better:Get up, stand up! (In the morning! Git it up!)
Stand up for your rights! (Stand up for our rights!)
Get up, stand up!
Don't give up the fight! (Don't give it up, don't give it up!)
Get up, stand up! (Get up, stand up!)
Stand up for your rights! (Get up, stand up!)
Get up, stand up! ( ... )
Don't give up the fight! (Get up, stand up!)
Get up, stand up! ( ... )
Stand up for your rights!
Get up, stand up!
Don't give up the fight!

quinta-feira, 5 de junho de 2008

História de Rockin' in the Free World.....

Crítica política e social às políticas de Reagan e Bush 'pai', Neil Young lançou o tema "Rockin' in the Free World" no seu album Freedom, de 1989...
O tema tornar-se-ia, alguns meses depois de sair para o mercado, um dos hinos adoptados para a nova sociedade livre da Cortina de Ferro, uma sociedade baseada num "Free World"... O tema foi também utilizado como força moral no pós-11 de Setembro e como canção de protesto ao governo de George W. Bush, sobretudo no que concerne à sua política pró-Guerra do Iraque...

Neil Young, como músico de intervenção, denuncia a situação precária dos seus concidadãos americanos, acusando, entre outras coisas, o excesso do consumismo "We got department stores and toilet paper / Got styrofoam boxes for the ozone layer" ou as mortes e a pobreza evitáveis "Now she puts the kid away,and she's gone to get a hit / She hates her life,and what she's done to it / There's one more kid that will never go to school / Never get to fall in love, never get to be cool"....

A revista Rolling Stone posiciona a música no nº 214, entre as 500 Melhores de Sempre, sendo que já foi gravada por bandas da categoria de Pearl Jam e Bon Jovi...
Neil Young nunca baixou os braços, e sempre utilizou a liberdade de expressão do seu país para combater as políticas que considera injustas... E é por isso que continua a "rockar" como poucos neste mundo livre............................

Rockin' in the Free World.....

Rockin'in the Free World - Neil Young (1989)

There's colors on the street
Red, white and blue
People shufflin' their feet
People sleepin' in their shoes
But there's a warnin' signon the road ahead
There's a lot of people sayin'we'd be better off dead
Don't feel like Satan,but I am to them
So I try to forget it,any way I can.

Keep on rockin' in the free world,
Keep on rockin' in the free world
Keep on rockin' in the free world,
Keep on rockin' in the free world.

I see a woman in the night
With a baby in her hand
Under an old street light
Near a garbage can
Now she puts the kid away,and she's gone to get a hit
She hates her life,and what she's done to it
There's one more kidthat will never go to school
Never get to fall in love,never get to be cool.

Keep on rockin' in the free world,
Keep on rockin' in the free world
Keep on rockin' in the free world,
Keep on rockin' in the free world.

We got a thousand points of light
For the homeless man
We got a kinder, gentler,
Machine gun hand
We got department storesand toilet paper
Got styrofoam boxesfor the ozone layer
Got a man of the people,says keep hope alive
Got fuel to burn,got roads to drive.

Keep on rockin' in the free world,
Keep on rockin' in the free world
Keep on rockin' in the free world,
Keep on rockin' in the free world.

A história do FMI.....

Um dos mais poderosos temas jamais escritos (em Portugal ou em qualquer parte do mundo), José Mário Branco escreveu e interpretou "FMI" num espectáculo ao vivo em 1982... Em 1996, o tema foi reeditado em CD para o albúm duplo Ser Solidário...

O tema resume - de forma exemplar, diga-se - os sonhos, as desilusões e as convicções pessoais do seu autor acerca das consequências do movimento revolucionário em Portugal... O próprio José Mário Branco viria a proibir a divulgação do tema em qualquer orgão de comunicação social, apesar de o tema, bem como a interpretação deste, se terem tornado lendários...

Um daqueles temas "temos-que-conhecer-antes-de-morrer", José Mário Branco depositou nele todo a sua energia, inconformismo e poder de denúncia, fazendo-nos arrepiar e ouvir em silêncio, sem interrupções, aquelas que são, provavelmente as melhores palavras de protesto jamais escritas..........................

Fundo Monetário Europeu.....

FMI - José Mário Branco (1982)

FMI
Cachucho não é coisa que me traga a mim
Mais novidade do que lagostim
Nariz que reconhece o cheiro do pilim
Distingue bem o Mortimore do Meirim
A produtividade, ora aí está, quer dizer:
Há tanto nesta terra que ainda está por fazer
Entrar por aí dentro, analisar, e então
Do meu 'attaché-case' sai a solução

FMI Não há graça que não faça o FMI
FMI O bombástico de plástico pra si
FMI Não há força que retorça o FMI

Discreto e ordenado mas nem por isso fraco
Eis a imagem 'on the rocks' do cancro do tabaco
Enfio uma gravata em cada fato-macaco
E meto o pessoal todo no mesmo saco
A produtividade, ora aí está, quer dizer:
Não ando aqui a brincar! Não há tempo a perder!
Batendo o pé na casa, espanador na mão
É só desinfectar em superprodução

FMI Não há truque que não lucre ao FMI
FMI O heróico paranóico hara-kiri
FMI Panegírico, pró lírico daqui

Palavras, palavras, palavras e não só
Palavras para si, palavras para dó
A contas com o nada há que swingar o sol-e-dó
Depois a criadagem lava o pé e limpa o pó
A produtividade, ora nem mais:celulazinhas cinzentas
Sempre atentas
E levas pela tromba se não te pões a pau
Um encontrão imediato do 3º grau

FMI Não há lenha que detenha o FMI
FMI Não há ronha que envergonhe o FMI
FMI ...

(E, mais à frente......)

Não há português nenhum que não se sinta culpado de qualquer coisa, não é filho? Todos temos culpas no cartório - foi isso que te ensinaram, não é verdade? «Esta merda não anda porque a malta, pá, a malta não quer que esta merda ande» - tenho dito. A culpa é de todos, a culpa não é de ninguém - não é isto verdade? Quer-se dizer: há culpa de todos em geral e não há culpa de ninguém em particular, hã? Somos todos muita bons no fundo, né? Somos todos uma nação de pecadores e de vendidos, né? Somos todos ou anti-comunistas ou anti-fascistas: estas coisas até já nem querem dizer nada, ismos para aqui, ismos para acolá, as palavras é só bolinhas de sabão, parole parole parole e o Zé é que se lixa, cá o pintas é sempre o mexilhão...

.......

Pela vaga de fundo se sumiu o futuro histórico da minha classe. No fundo deste mar encontrareis tesouros recuperados, de mim que estou a chegar do lado de lá para ir convosco: tesouros infindáveis que vos trago de longe e que são vossos, o meu canto e a palavra. O meu sonho é a luz que vem do fim do mundo, dos vossos antepassados que ainda não nasceram. A minha arte é estar aqui, convosco, e ser-vos alimento e companhia, na viagem para estar aqui de vez.Sou português, pequeno-burguês de origem. Filho de professores primários. Artista de variedades. Compositor popular. Aprendiz de feiticeiro. Faltam-me dentes. Sou o Zé Mário Branco, 37 anos, do Porto: muito mais vivo que morto. Contai com isto de mim para cantar, e para o resto.

........

terça-feira, 3 de junho de 2008

História de We Shall Overcome.....

Em 1901, o Reverendo da Igreja Metodista Episcopal Africana Charles Tindley, criou a letra de I Shall Overcome para ser um hino gospel a utilizar na sua congregação de fiéis... Mas diz-se que a origem da música remonta a muitos anos antes, sendo parte integrante dos cânticos dos mineiros africanos e dos coros das Igrejas dos americanos negros, no séc. XIX...

Pode atribuir-se ao músico e activista Pete Seeger o reconhecimento alargado da música, uma vez que foi dos primeiros a gravá-la na sua forma mais conhecida... Joan Baez interpretou o tema nos anos 60, incluindo em manifestações pelos Direitos Civis, e no Festival de Woodstock de 1969... A Associação pelos Direitos Civis da Irlanda do Norte usou o tema em algumas manifestações, bem como os agricultores Americanos durante as greves da década de 60... Foi utilizada na Africa do Sul em manifestações anti-Apartheid e na India, nos anos 80, tornou-se numa canção espiritual e patriótica, cantada, inclusivamente, nas Escolas...

Em homenagem a todos aqueles que se bateram em causas sociais ao longo dos tempos e em todo o mundo, Bruce Springsteen gravou o tema para o seu We Shall Overcome: The Seeger Sessions, em 2006... A justa homenagem.........................